sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

ALMAGAMADA 4

Tentei então manter-me discreto
Quanto ao que sentia,
Tentei mantê-lo secreto,
Mesmo sabendo que mentia.

Por isto, quando escrevo ganho asas,
Vou a todas as casas,
Não importa se a porta e de cobre,
Ou um casebre de um pobre.

Arrebento as tramelas se for preciso,
Jamais fico indeciso,
Eu chego das alturas,
E espanto todas as loucuras.

Depois o louco sou eu,
Eu que apenas poetizo,
E dizem que até faço feitiço,
Porque tenho um mundo só meu.

Mas quem sou eu para pensar assim,
Este poema parece que não quer ter fim,
É totalmente independente,
Debochado e indecente.

Eu sou um poeta cognitivo,
Busco o auto conhecimento,
O que escrevo não é definitivo,
É tudo questão de momento.

E o momento é de parir este poema,
Cuidar da sua gestação,
E dar-lhe boa educação,
Para que no futuro não se torne um dilema.

Nenhum comentário: